quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014


bem vindos alunos queridos! eu sou Milene, prof de historia e de sociologia de quase todas as turmas do C.E. Tia Lavor...hehehe...brincadeirinha...vou postar com calma as apostilas, ok...bjinhos

segunda-feira, 25 de junho de 2012

2º aula/2º bimestre 3ºserie Sociologia


 2º bimestre/ 2012   Prof. Milene
 Sociologia  3ºserie/ 2º grau 
 2º aula 
                                                     Poder Politica e Estado

CONCEITO DE PODER
O poder de liderança faz parte da natureza.
Exemplos fáceis de se observar a existência natural do "poder", além dos seres humanos, são as formigas e as abelhas.
O poder apresenta três aspectos essenciais:
A) O fenômeno jurídico:
No qual o poder só existe, só é realidade, se ele se puder efetivar, se houver uma força que o efetive. Essa força traz uma sanção para aqueles que desobedecem a norma jurídica. Sendo assim, o poder é indispensável para a efetivação da norma jurídica. O que vale dizer que o poder é imanente à própria norma, porque não se compreende a norma jurídica sem a sua efetivação.
“O indivíduo que deixa transgredirem o seu direito como um verme, não pode se queixar se for pisado também como um verme”.  Jhering
B) O fenômeno psicológico:
Espinoza disse: “Obedientia faciat auctoritatem”. É a obediência que faz a autoridade e a obediência civil é um mistério. Por que um certo grupo obedece a outro grupo, a ponto de entregar até a própria vida? Quando prestamos serviço militar, entregamos nossa vida em holocausto a uma concepção abstrata, que é a concepção de pátria, estado etc.
C) O fenômeno histórico:
Aristóteles disse que há nos homens uma sede tal de poder que dá a impressão de que os homens só estão bem quando estão no poder. Goethe disse que, onde há dois, um cavalga e o outro é cavalgado. Toda sociedade humana é necessariamente uma sociedade política, isto é, em toda sociedade humana existe uma luta pelo poder.

CONCEITO DE ESTADO

 Formas de Estado
 Simples, Unitário,Centralizados,Descentralizados(Estado Regional),Federais,Composto,Confederado, etc

Outras formas
Império Britânico

O Estado é a nação institucionalizada.

 O Estado é uma pirâmide de três faces: uma face social, uma face jurídica e uma face política.

Origem do Estado

Estado – do latim status = estar firme, significando situação permanente de convivência e ligada à sociedade política, aparece pela primeira vez em “O Príncipe” de Maquiavel, escrito em 1513.
Sociedades Políticas – são sociedades que visam criar condições para a consecução dos fins particulares de seus membros, além de se ocupar da totalidade das ações humanas, coordenando-as em função de um fim comum.
Muitos autores acreditam que o Estado existe como um elemento organizador e unificador em toda organização social, desde os primeiros agrupamentos sociais.
Outros admitem a sociedade humana existiu sem o Estado durante um certo período.
No século XVII surgiu o pensamento de que o Estado a sociedade política dotada de certas características muito bem definidas, relativas ao exercício da soberania:
a) Karl Schmidt afirma que o Estado apareceu com o surgimento da soberania.
b) Balladore Pallieri: indica a data de nascimento do Estado no ano de 1648 (a data oficial em que o mundo ocidental se apresenta organizado em Estados é a de 1648, ano em que foi assinada a paz de Westfália).
Finalidades do Estado
O Estado tem como finalidades proporcionar a defesa, a ordem, o bem-estar e o progresso aos grupos sociais. Para O jurista Dalmo Dallari, a finalidade é elemento essencial do Estado.

O PODER DO ESTADO
Existem duas classificações do Poder do Estado:
a) Poder do Estado como poder político, incondicionado e preocupado em assegurar sua eficácia e sem qualquer limitação;
b) Poder do Estado como poder jurídico, nascido do direito e exercido exclusivamente para a consecução de fins jurídicos.
Para Georges Burdeau:
a) O Estado não só tem um poder, mas é o poder, ou seja, o Estado é a institucionalização do Poder.
b) Os chefes de grupos sociais desejam que seja reconhecida sua legitimidade no exercício do poder, querem assegurar a continuidade do poder, e, por isso, teria surgido o Estado.
Poder legal
Representa o poder em harmonia com os princípios jurídicos, que servem de esteio à ordem estatal.
Poder legítimo
Na Idade Média, a crença-suporte da legitimidade foi Deus, a religião, o sobrenatural, ao passo que contemporaneamente ela vem sendo o povo, a democracia, o consentimento dos cidadãos e a adesão dos governados.
Limitações do poder
Surgiram com a separação dos Poderes. No século XVIII, dois outros métodos foram lançados para limitar o Poder do Estado, a legalidade e a legitimidade do exercício do Poder.

A falta de poder organizado: o anarquismo
O anarquismo é uma teoria (um movimento) que preconiza o funcionamento da sociedade sem Estado e sem governo.
A organização social e os serviços necessários à comunidade seriam obtidos mediante a cooperação espontânea de todos os indivíduos.
O Estado e as instituições políticas e sociais seriam substituídos por uma federação de grupos autônomos, dentro dos quais os indivíduos agiriam com liberdade e independência.
Exaltando a liberdade absoluta e reclamando um socialismo voluntário, o anarquismo tenta o enlace de duas posições extremas e conduz a resultados idênticos ao marxismo: decomposição do Estado, supressão de privilégios de classe, abolição da propriedade privada etc.

CONCEITO DE NAÇÃO
A Nação, diz Georges Burdeau, é a coletividade limite, isto é, desde a horda indiferenciada, passando pelo clã, pela tribo, pela cidade, chega-se à coletividade limite.
É a comunidade das comunidades, o máximo de agrupamento social, quer dizer, a expressão máxima da sociedade humana.
Sabe-se que dificilmente poderia uma nação manter-se, através da História, sem movimentos de conquista, movimentos violentos. Por exemplo: em 1.066 os normandos invadiram a Inglaterra.
Durante muitos anos, como que houve dois estados distintos na ilha, os antigos ingleses saxônicos e os normandos, com diferenças inclusive na língua. No entanto, nós temos em 1.215, a Magna Carta Libertatum, considerada o ato (ou a Ata) de nascimento da nação britânica, porque então, não houve mais diferenciação entre normandos e saxônicos.
Fatores que levaram ao conceito atual de nacionalidade
A) Um primeiro fator que se pensou como determinante de uma nacionalidade foi a raça. A Escola Antroposociologia e suas ramificações sustentou uma distinção histórica, já superada, entre raças superiores e raças inferiores, ou raça superior (a raça ariana) e raças inferiores.
Essa concepção de uma nacionalidade assentada na raça é funesta, perturbadora, porque vem trazer profundas repercussões na reestruturação político-constitucional de todos os povos.
B) Outro fator poderia que se levou em consideração foi a língua, mas, por exemplo, há na Suíça quatro línguas oficiais: o francês, o italiano, o alemão e o romanche (rético). Isso não impede de haver uma consciência nacional una na Confederação Helvética. Existem também os povos que abandonam uma língua e adotam outra. Há, ainda, muitos outros exemplos que mostram que a língua não é um fator determinante absoluto.
C) Outro fator poderia ser entendido como determinante de uma nacionalidade é a religião é um elemento forte, basta lembrar que é um sistema normativo, ainda que sem poder de sanções como as jurídicas. Mas, pelos exemplos históricos, não se pode afirmar que a religião seja um fator absoluto determinante. A Suíça, por exemplo, é uma nação em que há, com a mesma liberdade, a prática da religião protestante e a prática da religião católica.
Os três fatores mencionados são parcialmente importantes, mas não podem ser tomados como absolutos ou verdadeiros.
Há, ainda, os fatores de segunda ordem como:
a) O meio físico: o relevo, a hidrografia, a orografia, o clima, que são importantes para a formação da nacionalidade de certos povos.
b) A capacidade de adaptação dos indivíduos ao meio ambiente.
A Escola Geográfica francesa, a escola de Vidal de la Plache, de Jean Brune, sustenta a tese que se chama o possibilismo, isto é, uma determinada forma física leva a uma certa possibilidade de reação social. Essa possibilidade pode ser modificada pelo homem (fator morfo-geográfico). O homem é um fator capaz de modificar a paisagem.
Pensamentos sobre o conceito de nacionalidade
Burdeau diz:
a) o sentimento nacional poderia se identificar com o sentimento de solidariedade.
b) o sentimento nacional (e ele confunde deliberadamente a nação com a pátria, não sabe como distinguir) é um sentimento tão misterioso quanto o amor, é tão inexprimível, ou inefável, quanto a emoção estética. Não há como defini-lo. Pode-se sentir, mas não definir.
Nacionalidade, por fim, são todos os fatores sintetizados e agregados.

COMPARAÇÃO ENTRE ESTADO E NAÇÃO


Burdeau definiu: A nação é a comunidade das comunidades.
Maurice Hauriou definiu: O Estado é a instituição das instituições.
O Estado é a Nação depois que ela adquire cérebro (para dirigir) e braços (para executar).
Os gregos não tinham a nossa concepção individual da liberdade, eles tinham a concepção social da liberdade. A nossa concepção individual da liberdade, que vem da Revolução Francesa, está sofrendo uma revisão profunda no nosso tempo.
Não é a Nação que pode nos tirar a vida, a liberdade ou a propriedade, é o Estado, através dos seus mecanismos, da sua execução, da sua direção.
O Estado é uma entidade abstrata, quer dizer, ele é distinto dos governantes. Os governantes morrem, mas o Estado não morre.
É claro que os Estados perecem também, mas não se supõe que os Estados sejam temporários, eles não se instituem temporariamente.
Não é a Nação que exige de nós o tributo do sangue (o serviço militar).  É o Estado que, por exemplo, nos países em que se admite a pena de morte, tira a vida daquele que comete determinada infração.
É o Estado que tira a liberdade penalizando aquele que comete um delito com a reclusão ou detenção no nosso sistema, ou que tira a propriedade através da desapropriação. Tudo isso quem faz é o Estado.
A Nação pode catalizar o nosso sentimento, porém não é capaz de direção e execução. É o Estado que, depois que a Nação se organiza jurídica e politicamente, tem direção e execução.

CONCEITO DE SOBERANIA
 A soberania é um “símbolo altamente emocional”, é uma autoridade superior que não pode ser limitada por nenhum outro poder.
A) No Estado Antigo
Não se falava em soberania. Durante o Estado grego, Aristóteles, no Livro I, “A Política”, utilizou o vocábulo “Autarquia”. O que se verifica é auto-suficiência, mas não exercício de Poder.
Em Roma, os poderes visualizados eram: civil ou militar, que não apresentavam um Poder Político que representasse o Poder uno e indivisível do Estado.
B) No Estado Medieval
Nas Monarquias medievais, o poder de suserania era de fundamento carismático e intocável. No absolutismo monárquico, que teve seu clímax em Luiz XIV, a soberania passou a ser o poder pessoal exclusivo dos monarcas, sob a crença generalizada da origem divina do poder de Estado.
C) Estado Moderno
A partir da Revolução Francesa firmou-se o conceito de poder político e jurídico de Estado emanado da vontade geral da Nação.

CONCEITO DE ESTADO FEDERAL
O Estado Federal                
É um Estado formado pela união de vários Estados; é um Estado de Estados.
O Estado Federal é aquele que se divide em províncias politicamente autônomas, possuindo duas fontes paralelas de direito público, uma nacional e outra provincial. Brasil, Estados Unidos da América do Norte, México, Argentina, Venezuela são Estados federais.
No caso do Estado brasileiro, a primeira Constituição que disciplinou o Estado Federal foi a de 1891 e depois disso todas as demais Constituições continuaram adotando esta mesma forma de Estado.
O modelo norte americano
a) Distribuição do poder de governo em dois planos harmônicos: federal e provincial (ou central e local). O governo federal exerce todos os poderes que expressamente lhe foram reservados na Constituição Federal, poderes esses que dizem respeito às relações internacionais da União ou aos interesses comuns das unidades federadas. Os Estados-Membros exercem todos os poderes que não foram expressa ou implicitamente reservados à União e que lhes não foram vedados na Constituição Federal. Somente nos casos definidos de poderes concorrentes, prevalece o princípio da superioridade hierárquica do Governo Federal.
b) Sistema judiciarista, consistente na maior amplitude de competência do Poder Judiciário, tendo este, na sua cúpula, um Supremo Tribunal Federal, que é órgão de equilíbrio federativo e de segurança da ordem constitucional.
c) Composição bicameral do Poder Legislativo, realizando-se a representação nacional na Câmara dos Deputados e a representação dos Estados-Membros no Senado, sendo esta última representação dos Estados-Membros no Senado uma  representação rigorosamente igualitária.
d) Constância dos princípios fundamentais da Federação e da República, sob as garantias da imutabilidade desses princípios, da rigidez constitucional e do instituto da intervenção federal.
O Federalismo brasileiro
O Brasil-Império era um Estado juridicamente unitário, mas, na realidade, era dividido em províncias. O ideal da descentralização política, no Brasil, vem desde os tempos coloniais. Os primeiros sistemas administrativos adotados por Portugal, as governadorias gerais, as feitorias, as capitanias, traçaram os rumos pelos quais a nação brasileira caminharia fatalmente para a forma federativa.
A enormidade do território, as variações climáticas, a diferenciação dos grupos étnicos, toda uma série imensa de fatores naturais ou sociológicos tornaram a descentralização política um imperativo indeclinável da realidade social, geográfica e histórica.
E, quando o centralismo artificial do primeiro Império procurou violar essa realidade, a nação forçou a abdicação de D. Pedro I, impondo a reforma da Carta Imperial de 1824, o que se realizou pelo Ato Adicional de 1834, concessivo da autonomia provincial.
Contrariamente ao exemplo norte-americano, o federalismo brasileiro surgiu como resultado fatal de um movimento de dentro para fora e não de fora para dentro; de origem natural-histórica e não artificial. De certo modo, deve-se à queda do Império, ou seja, deve-se mais ao ideal federativo do que ao ideal republicano.
Tanto assim que o Manifesto republicano de Itu, em 1870, justificava-se combatendo o centralismo imperial, proclamando, em resumo, que no Brasil, antes ainda da idéia democrática, encarregou-se a natureza de estabelecer o princípio federativo.
Acresce observar que o último e desesperado esforço do Gabinete Ouro Preto no sentido de salvar a monarquia agonizante consistiu em desfraldar a bandeira do federalismo. Mas já era tarde; poucos meses depois, proclamava-se a República Federal.
A Constituição de 1891 estruturou o federalismo brasileiro segundo o modelo norte-americano. Ajustou a um sistema jurídico-constitucional estrangeiro uma realidade completamente diversa. Daí resultou que a Constituição escrita não pôde reproduzir, como não reproduziu, a Constituição real do país.
O nosso sistema é de federalismo orgânico
A federação brasileira tornou-se cada vez mais uma federação orgânica, um sistema muito mais rígido do que o modelo norte americano.
Trata-se de uma federação de poderes superpostos, na qual os Estados-Membros devem organizar-se à imagem e semelhança da União; suas Constituições particulares devem espelhar a Constituição Federal, inclusive nos seus detalhes de ordem secundária; e suas leis acabaram subordinadas, praticamente, ao princípio da hierarquia política e estado

1º aula / 2º bimestre 3º serie/2º grau Sociologia


 1º aula / 2º bimestre   Sociologia Prof. milene  
 3º serie/2º grau


Poder , Politica e Estado

A palavra Estado, na linguagem corriqueira, na Constituição e nas leis, indica as unidades federadas, e no Brasil, como Estado Federal, é denominada União.
O Estado pode ser conceituado como "a ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado território". Pode ser entendido como uma nação: o Estado Brasileiro. É uma organização política administrativa que tem ação soberana, ocupa um território, é dirigido por um governo próprio e se institui pessoa jurídica de direito público internacionalmente reconhecida.
Nessa linha de pesquisa, território é o limite dentro do qual o Estado exerce o seu domínio soberano sobre pessoas e bens e compreende a extensão circunscrita pelas fronteiras, as águas territoriais, o ar e o subsolo correspondentes. O Governo Soberano é o componente que conduz o Estado, que detém e exerce o poder absoluto emanado do povo. O povo é o componente humano, submetido juridicamente ao Estado.
Gestão Pública é o Estado em ação, mobilizando diversos recursos a favor da coletividade. A Constituição Federal de 1988 estabeleceu diversos princípios que devem nortear a Administração Pública. O artigo 37 estabelece que a Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Quanto à legalidade, ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. No item impessoalidade, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Todo ato administrativo será determinado para atender aos interesses sociais e não vinculará à conveniência de qualquer pessoa. Em relação à moralidade, todos são submetidos à obediência aos princípios morais e éticos. Na esfera da publicidade, todos têm direito ao acesso às informações disponíveis na administração pública, ou a ela entregues, pois públicos devem ser os seus atos. Quanto à eficiência, esse princípio significa a busca de qualidade e produtividade, de resultado, nas deliberações e procedimentos da Administração. Exige da Administração Pública, de seus órgãos e agentes, a efetivação das tarefas com máxima rapidez e prontidão, com a qualidade perfeita e de forma eficiente e eficaz no atendimento à população.
Na Organização Político – Administrativa do Brasil, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são caracterizados como entidades autônomas, ficando a União com a função de exercer a soberania do Estado Brasileiro no contexto internacional.
A ética na esfera da gestão pública, caracteriza-se pela interligação profunda, entre o Estado e a sociedade, especialmente, quanto ao exercício da cidadania. E, necessariamente acontece se houver uma transformação fundamental na cultura da própria sociedade e, mais nomeadamente, na cultura pública. Para o exercício da ética no trato público, é de fundamental importância respeitar e exercitar os princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade e Eficiência, consubstanciados na nossa Constituição Federal e, que amparam a boa Gestão Pública. Ainda na esfera do trato público, há necessidade de atenção à finalidade pública da atuação, o respeito ao cidadão e aos usuários do serviço público. A satisfação dos interesses da população e a realização das necessidades sociais são os fundamentos de toda atividade administrativa.
A crise ética que enfrentamos atualmente exige da família, dos educadores e de toda sociedade o investimento na formação de jovens que tragam enraizados dentro de si valores e princípios éticos. Só atingiremos este estágio quando a riqueza for mais bem compartilhada, o que implica na democratização do conhecimento e da informação.

2º aula/ 2º bimestre 2ºserie/ 2º grau Sociologia


2º aula/ 2º bimestre    2ºserie/ 2º grau  Prof. Milene  Sociologia

Divisão social do trabalho e a coexistência de diferentes relações sociais de produção, com ênfase
na divisão de classes no modo de produção capitalista.

O CONCEITO DE "MODO DE PRODUÇÃO" EM KARL MARX

Por "Modo de Produção", devemos entender a maneira como se organiza o processo pelo qual o homem age sobre a natureza material para satisfazer as suas necessidades. “Produzir é (…) trabalhar”, pondo “em movimento forças” que ajam sobre a natureza (p.67). Estas forças variam com a história e com a sociedade. O trabalho é assim não só “um processo (…) entre um homem e a natureza” mas “supõe uma forma de sociedade” realizando-se em certas “condições sociais”, as “relações sociais de produção”.
Relações de Produção:( Capitalista)
Ao modo de produção capitalista corresponde essencialmente uma relação social “entre duas classes”. Destas, uma [a burguesia], por ter o “monopólio dos meios de produção e do dinheiro”, explora a outra [a classe trabalhadora], que não é proprietária de nada exceto a sua “força de trabalho” que se vê forçada a vender.
O “objetivo da produção” é aqui o objetivo da burguesia: a criação de mais-valia para a acumulação privada de capital, não a satisfação das necessidades da maioria dos membros da sociedade.
Segundo Karl Marx, “...na produção social da sua vida, os homens entram em determinadas relações, necessárias, independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a uma determinada etapa de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais” (Marx, Engels, Obras Escolhidas, tomo I, pg. 530, Edições “Avante”, 1982)

Quaisquer que elas sejam, as relações de produção assumem as três funções seguintes:

-determinar a forma social do acesso às fontes e ao controlo dos meios de produção;
-redistribuir a força de trabalho social entre os diversos processos de trabalho que produzem a vida material, organizam e descrevem esse processo;
-determinar a forma social de divisão, redistribuição dos produtos do trabalho individual e coletivo e, por essa via, as formas de circulação ou não circulação desses produtos.


Meios de Produção
Os meios de trabalho incluem os "instrumentos de produção" (máquinas, ferramentas), as instalações (edifícios, armazéns, silos etc), as fontes de energia utilizadas na produção (elétrica, hidráulica, nuclear, eólica etc.) e os meios de transporte
Mais-valia
Marx chamou de mais-valia a diferença entre o valor adicionado pelos trabalhadores (incorporado às mercadorias produzidas) e o salário que recebem. A mais-valia definida desta maneira é em tudo semelhante ao trabalho gratuito que escravos ou servos entregavam a seus senhores. É uma forma disfarçada de transferência de um excedente para a classe dominante.
A mais-valia é a base para os lucros, os juros das aplicações financeiras e para todas as formas de rendimentos vinculados à propriedade. A apropriação da mais-valia é o fundamento da divisão das classes sociais no capitalismo.
Alienação
O homem, através da alienação torna-se estranho a ele mesmo; não se reconhece a si mesmo; o trabalho o tornou estranho; aquilo que produz lhe é estranho; a atividade tornou-se massificante, penosa, desgostosa por que ela tornou-se exclusivamente um meio de subsistência. A alienação, segundo Marx, "é situação resultante dos fatores materiais dominantes da sociedade, e por ele caracterizada sobretudo no setor capitalista, em que o trabalho do homem se processa de modo a produzir coisas que imediatamente são separadas dos interesses e do alcance de quem as produziu, para se transformarem indistintamente em mercadorias".

1º aula/ 2º bimestre 2º serie/ 2º grau Sociologia turno noite


1º aula/ 2º bimestre
2º serie/ 2º grau  turno noite

Prof. Milene  Sociologia

Formas de organização social das relações de trabalho em diferentes tempos históricos e culturas


O tema Trabalho, é muito falado e considerado importante para a sociedade. Ele é empregado a atividades tanto de vegetais, artistas, estudantes,etc.
Em épocas e classes sociais diferentes o trabalho foi exaltado ou desprezado. O trabalho já foi até considerado pelo catolicismo como uma penitência, e redenção, no protestantismo, um meio de enriquecer.
Já no capitalismo, ocorre mudança em relações a teorias medievais, tendo em predominância o produtivismo, até mesmo chegando a obrigar pessoas a trabalhar, aparecem exaltadores do trabalho como fonte de riqueza.
Em cada época aparecem novas táticas de utilizar o trabalho como fonte de riqueza para o mais forte, não para o trabalhador.
Exemplos como fábricas ocupadas em Paris, por pedido de reformas políticas, fez com que trabalhadores deixassem o trabalho para fazerem greve. Isso mostra que eles não queriam continuar no descontentamento e exploração a que eram submetidos.
Enquanto não estamos dormindo, estamos em atividade, na qual o trabalho impera. E pessoas necessitam uma boa formação, para assim estarem aptas para o trabalho. Em alguns casos ocorre o contrário, muitas vezes um rapaz começa a trabalhar muito jovem, se tornando para os pais um orgulho; portanto, pode até deixar os estudos para se dedicar mais ao seu trabalho.
O trabalho pode glorificar alguém que não possuia nada, e através do trabalho conseguiu se realizar, isso pelo seu próprio esforço e não bondade de patrões.
A cada dia a fila em agências de emprego aumenta, pessoas sofrem com o desemprego. Quando se esta sem emprego, muitas vezes parece ser alguém que tem tempo para se divertir e fazer oque quizer, mas na realidade são pessoas com o medo, vergonha e tensão em suas faces, se sentir fracassado, excluído. Muitas vezes são obrigados a aceitarem empregos em que se submetem a preços injustos por seus trabalho exercido.
Adultos desempregados, pais de família, mulheres a busca de ajuda para o seu lar, jovem tentando ser bem sucedidos na vida, no entanto crianças são exploradas em trabalhos, muitas vezes escravos, tendo que cortar cana, trabalhar em carvoarias, trabalhos árduos para a pouca idade que possuem, tudo para matar a fome.
A valorização excessiva do trabalho já foi criticada, o consumo, acumulo de capital, isso na década de 60. Dando valor para se aproveitar a vida e se divertir ao invés de somente trabalhar e trabalhar. Lazer era prioridade.
Define-se TRABALHO como uma atividade em que o homem exerce e com sua inteligência transforma a natureza, ao mesmo tempo busca um meio de se sustentar através da atividades remuneradas.
O trabalho é aliado a uma ideologia, na qual aparecem um mundo, com doutrinas, normas, regras, e o trabalhador, o homem não é livre da ideologia.
Um exemplo como Esparta, na civilização grega, que educava para a guerra, preocupada com bons soldados, até os sete anos os garotos ficavam em poder dos pais, dos sete aos quatorze seguia carreira do militarismo controlados pelo governo, dos quatorze aos vinte eram escudeiros, dos vinte aos trinta guerreiros, e finalmente aos trinta estavam livres para casar-se, isso nada mais era do uma escravidão, pois eram obrigados a servir.
No século V e IV ªC o trabalho escravo era considerado natural e necessário, livrando os cidadãos de tarefas servis, para assim desfrutarem de si mesmos e contemplações do espírito. E não lutavam pela liberdade por medo da morte.
Na República do filósofo Platão a divisão do trabalho era benéfica para a sociedade. Já para Aristóteles ser cidadão exigia muita parte de tempo.
Entretanto ocorreram após esse período lentas mudanças, nas quais o trabalho artesanal, artísticos são valorizados, e fábricas se instalam em cidades que começam a se desenvolver, isso através do livre trabalho. Grupos independentes, com matérias-primas, ferramentas, e vendiam o que produziam através de seu trabalho. Surgindo dessa forma o CAPITALISMO, voltado para o crescimento econômico e de riquezas, encarando o lucro como um princípio positivo, não deveria desperdiçar tempo, poupando e se mantendo. Neste sistema países de 1o. mundo atingiram desenvolvimento através de lucro com o acumulo de capital que tiveram. O capitalismo mudou a história no sentido da expansão do comércio, potência industrial.
A escravidão no capitalismo, acontecia nas indústrias, onde as crianças eram obrigadas a trabalharem em fábricas hora a hora, seguindo normas insuportáveis a alguém. Ao se fortalecer o capitalismo precisou de muita mão-de-obra, a solução do problema foi a escravidão, ordens que fizessem as pessoas trabalharem, e se não trabalhassem eram presas, e consideradas pessoas vadias.
Nesse sistema os donos das fábricas acumulavam riquezas, essa era a Ideologia deles, coagindo os operários para que trabalhando eles conseguiriam ser ricos.
Mais tarde já constatava-se que o trabalho escravo já não era tão eficiente, e que o trabalho livre era melhor e lucrativo, e aparecem teorias no capitalismo a favor do livre trabalho.
O LIBERALISMO, fundiu-se através de pensadores, dando mais ênfase e força a ideologia inicializada. O liberalismo era contrário ao Estado no setor econômico, e aceitava as rivalidades do mercado, e valorização dos direitos dos trabalhadores, Harold J. Lask, achava que essa idealização econômica, defendeu demais os interesses da propriedade ao invés a do trabalhador. Adam Smith, declarou que o força do trabalho leva um país a ser rico, conquistar riquezas é muito importante.
Karl Marx, criticou a condição degradante em que os trabalhadores estavam. Ele declarava que, somente pelo trabalho se gerava riqueza, e quem a produzia não tinha o direito a ela. Portanto a escravidão ainda existia, em terras mais novas, com o desenvolvimento da expansão marítima. Como por exemplo na descoberta de novos países, ao chegar ao Brasil, os colonizadores ao invés de ensinar os nativos a trabalhar, eles escravizavam os nativos, sabendo como coagi-los, tanto no Brasil como em outras novas terras.
Graças a revolução industrial, o homem ficou um pouco mais livre, pois proporcionava ritmos mais acelerado para o trabalho, e o homem se ligou à máquina. Ocorrendo no século XIX um ritmo que já não era mais desejado para a produção.
Técnicas são aplicadas para que os trabalhadores parecem estar felizes dentro de uma empresa, utilizando publicidade e o ato de oferecer brindes, e uniformes das firmas, para que o trabalhador vivia somente para o progresso da empresa. Automaticamente o lado humano do trabalhador perde prioridade, perde com o tempo, que precisa ser ocupado com trabalho, produção.
Os ideais, fundamentos foram obras importantes que pensadores associaram ao TRABALHO, valorizando o trabalho.
O trabalho serve para a subsistência humana, desde os séculos passados, todos querendo conquistar uma vida digna para a família. Pois no entanto existira trabalho, sempre a classe trabalhadora e a classe que contrata esses trabalhadores, a qual irá idealizar uma maneira de jamais perder tempo e dinheiro. Muitas vezes se esquecendo de que valorizar o trabalhador é importante, pois quando o trabalhador for reconhecido realmente, ele irá com certeza se empenhar com muito mais prazer, e fará do trabalho não somente uma forma de garantir sua vida, e sim uma forma de sentir se não um escravo feliz, e sim um trabalhador satisfeito.

5º aula/ 2º bimestre 2º serie Capitalismo


Capitalismo
Já no século XV, o comércio era a principal atividade econômica na Europa. Assim, nesse período, o capitalismo (mercantil ou comercial) estruturava-se definitivamente a partir da necessidade e do interesse dos países europeus ou algumas cidades européias em aumentar seu mercado para além dos limites nacionais e continentais.

A ampliação do comércio internacional consolidou o sistema capitalista dentro de uma sociedade de classes, na qual, de um lado, surgia e se fortalecia uma burguesia mercantil que, em aliança com os reis, detinha o poder e a riqueza (capital), e, de outro lado, o proletariado que, separado do capital e de seus meios de produção, tinha a oferecer sua força de trabalho em troca de salário.

A partir daí, ocorreu a decadência do feudalismo; a servidão da gleba (obrigações feudais dos servos) foi substituída pelo trabalho assalariado, e a primazia dos senhores feudais coube então à burguesia mercantil e ao rei.

Foram dois séculos de amadurecimento até a Revolução Industrial (1750). As inovações técnicas (maquino- faturas) aliadas às riquezas provenientes das áreas colonizadas acabaram por promover um acúmulo de capital e uma crescente expansão da economia.

Surgiu, assim, a necessidade de garantir o fornecimento de matérias-primas, dominar os mercados consumidores e aplicar o capital de maneira segura, aumentando a capacidade de produzir e, conseqüentemente, os lucros. A riqueza provinha, então, da capacidade de produzir mercadorias e não mais do comércio.

Assim, o capitalismo industrial provocou a disputa pelas áreas fornecedoras de matérias-primas, pelos mercados compradores e pelos locais de investimentos seguros, levando as grandes potências dos séculos XIX e XX (Inglaterra, França, Bélgica, Japão, EUA e tardiamente Itália e Alemanha) a competir pela dominação política e econômica do mundo (neocolonialismo) e pela partilha dos territórios asiáticos e africanos, de acordo com seus próprios interesses.

O resultado da competição foi o imperialismo expresso pelo domínio econômico de uma nação sobre outra, na tentativa de manter o abastecimento de matérias-primas e os mercados consumidores, o que teve como conseqüências o militarismo, o nacionalismo, o racismo e a hierarquização das nações.

A partir da Segunda Guerra Mundial, com as potências européias enfraquecidas e em crise, surgem os EUA como grandes investidores externos, graças ao acúmulo de capital e a seu crescente poder político-militar. O capitalismo entra em uma nova fase, financeira ou monopolista, com a expansão de grandes empresas (corporações multinacionais, hoje chamadas transnacionais), o incessante acúmulo de capitais em escala mundial, o monopólio e a internacionalização da produção, passando a ter como características marcantes:

• aplicação dos principais investimentos na indústria e nos recursos naturais;
• distribuição da produção e dos lucros;
• nova divisão internacional do trabalho.

São ainda características do sistema capitalista:

• propriedade privada ou particular dos meios de produção;
• trabalho assalariado;
• livre concorrência e livre iniciativa (economia de mercado);
• lucro como objetivo;
• presença de duas classes sociais: burguesia e proletariado.